nunosribeiro

Portugal é um país que, não tendo grandes recursos importantes (tirando o Sol e as praias), não tendo indústria, e não tendo capacidade de atrair investidores, acaba por conseguir "artimanhas" que vão tapando os "buracos".
Já todos conhecemos o ridículo IA (imposto automóvel) que nos impede de ter carros com motorizações mais decentes (quantas ultrapassagens terão sido "falhadas" pela inépcia dos condutores mas que com um bocadinho mais de potência até poderiam ter sido evitados os acidentes??), e nos faz pagar bastante mais pelos automóveis do que nos outros países. Depois, ainda se paga o imposto sobre o preço do veículo e sobre o IA, que é para entrar mais algum.
Depois do aumento do IA dos Jipes, que pretendia aproveitar a saída imensa que tinham na altura para ir buscar mais algum no IA destes veículos (apesar de terem dito que era por motivos ambientais. Pois...), azar as vendas caíram tanto, que o imposto cobrado actualmente nesses veículos está bastante abaixo do que estava a entrar anteriormente.
Nos últimos tempos, soubemos que quem terá de pagar a factura da falta de planeamento e do desleixo de particulares e Estado, no que às florestas diz respeito, serão mais uma vez... os automobilistas!! Mais uns "trocos" adicionados ao preço das gasolinas.
Agora que as vendas de automóveis estão, como o país, cada vez em crise mais profunda, ouço que o governo irá pela última vez definir um preço máximo para os preços das gasolinas, que depois a liberalização será total. Ora, se já há algum tempo que a liberalização existe no sentido descendente, existindo apenas a tal barreira do preço máximo, e nunca houve "guerra de preços" entre as gasolineiras que fizessem o preço descer, está mais que visto qual será o efeito desta liberalização total. Preços alinhados cada vez mais acima, e o Estado a ver mais dinheiro de imposto a entrar, pois se a gasolina está mais cara, o valor de IVA nas facturas irá igualmente subir. E claro, o governo "lava daí as suas mãos" com um enorme sorriso nos lábios!!

Eu até deixava de andar de automóvel, se me garantissem transportes públicos eficazes... o problema é que cada vez parecem piores... e lá vamos ajudando o governo a governar-se (em vez de governar o país).

No outro dia diziam-me que haviam ouvido um "velhote" dizer que, segundo um estudo, apenas 20% da população devia ter automóvel. Os gajos desse estudo devem ser malucos, e depois como é que Portugal sobrevivia??

Desilusão...

Ontem escolhi este filme para ver em casa... já há algum tempo que andava para o ver.
Gostei, como gosto de todos os que me deixam a pensar quando o filme acaba. Não a pensar "que idiotice", ou algo semelhante... mas sim a pensar no enredo, na lógica do filme... nos momentos chave, que só mesmo no final se repara que afinal aquilo a que inicialmente nem se liga muito são mesmo as partes mais importantes.
Curiosamente, fazendo agora uma pesquisa na net, descubro que para muitos este seria um possível resultado final se "O Rei dos gazeteiros" tivesse sido feito pelo David Lynch. Por acaso ontem vi (pela enésima vez) "O Rei dos gazeteiros", outro filme que gosto, mas por razões completamente opostas... por ser de grande leveza e simplicidade, e de um humor que hoje em dia já não se encontra. Ainda bem que existem os dois filmes, porque um não substitui o outro.

Vi o filme... gostei... mas, não o recomendo. Quem quiser ver que veja, porque não estou para levar com mais pessoas a dizer "que seca de filme", ou então "depois eu é que não sei escolher filmes!!"... não, não estou para isso... já bastou ter de o ouvir ontem.
Eu gostei... serei um criminoso por isso??